Japan Generation: O HOSPEDEIRO

O HOSPEDEIRO (Gwoemul, Coréia do Sul, 2006)

Gênero: Ação

Tempo: 119 min.
Lançamento: 18 de Maio, 2007
Lançamento DVD: Agosto de 2007
Classificação: 14 anos
Distribuidora: Pandora
Diretor: Joon-ho Bong
Produção: Tae-seong Jeong Woo-Taek Kim
Fotografia: Hyung-ku Kim
Trilha Sonora: Byung-woo Lee
Elenco:Kang-ho Song, Hie-bong Byeon, Hae-il Park, Du-na Bae, Ah-sung Ko, David

Sinopse

Dois cientistas (um norte-americano e seu subalterno), em um laboratório americano, instalado na Coréia do Sul; despejam uma substancia tóxica que escoa pelo esgoto até o rio Han, em Seul. O líquido no rio acaba gerando uma mutação, um monstro que ali crescia e até então não se manifestara.
Na beira do mesmo rio, mora uma família proprietária de uma popular barraquinha de comida no parque. Junto ao pai, três descendentes vivem no mesmo lar: o filho mais velho que, apesar de ter 40 anos, é imaturo; a filha do meio, arqueira do time olímpico coreano; e o filho mais novo, desempregado. Todos cuidam de uma menina orfã que desaparece quando uma estranha mutação surge nas margens, obrigando-os a lutarem sozinhos contra seus próprios medos. Apesar de a menina ser dada como morta, toda família se une para resgatá-la. Ao mesmo tempo, o governo resolve isolar a área do rio, já que acreditam que o bicho carrega uma espécie de vírus letal

Crítica

Antes de mais nada, vamos redefinir o conceito de rótulos sobre o gênero de certos filmes: este não é um mero filme de monstro, tão pouco uma comédia ou ação (como é rotulado este filme em questão).
Dito isso, concluímos que há filmes que não fazem menção justa de seu gênero quanto ao seu conteúdo. Quando ouvi falar deste filme e adquiri este em DVD, me arrependi de não ter tido oportunidade de assisti-lo no cinema. Uma obra prima em efeitos especiais, mas o foco do filme não se resume em “monstro x população”, como muitos especulariam com pré-conceito sobre o tema. Aqui o foco está no drama de uma família com a perda de um ente querido, a luta pela esperança de talvez ela estar viva, a indignação com a posição do governo com a situação, enfim, é um filme humano em sua essência. O suspense e angústia em muitos momentos te fazem entrar na cena e sentir o medo, a tensão de estar diante de tal criatura, ser perseguido por ela.
Com maestria o diretor inclui cenas com tom de humor, para relaxar e aliviar um pouco a tensão, com humor satírico e caricato, como só os orientais sabem fazer. Mesmo assim, o clima de drama e terror não se perde.
Críticas sócio-políticas, um alerta ambiental, uma reflexão assistida por um filme que eu definiria como tenso, empolgante e humano. Roteiro criativo em cima de uma velha fórmula de filmes de monstro, trilha sonora bem embalada em cada momento, direção e atuações realmente superam a expectativa de quem assiste. Um filme que merece a atenção e ser definido como uma obra de arte.

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